Inteligência Emocional: uma arma efetiva contra o estresse e ansiedade
Inteligência emocional é uma competência eficiente contra a ansiedade.
Nos dias atuais, somos pressionados constantemente, seja por melhores resultados no trabalho, ideais de comportamento e estética, consumo, informações que julgamos importantes, discussões polarizadas.
A consequência disso, muitas vezes, é um número crescente de pessoas com algum nível de estresse, ansiedade e/ou depressão.
Segundo dados da ISMA-BR – International Stress Management Association, o Brasil é o segundo país com maior incidência de burnout*. 9 em cada 10 pessoas no mercado de trabalho sofrem de ansiedade.
O fato é que, se não podemos mudar o mundo tão prontamente, podemos sim mudar a forma como interagimos e reagimos a ele e aos desafios cotidianos.
E é aí que começamos a entender o papel da Inteligência Emocional.
Dentre as várias definições e abordagens, a capacidade de lidar com nossas emoções está presente em todas.
Mas, para lidar com as emoções e os impactos que elas têm em nossa vida, precisamos antes de tudo senti-las e identificá-las, ou seja, ter mais consciência delas.
É a partir dessa consciência emocional que podemos começar a mudar a forma como lidamos com as frustrações, às tensões e as pedras no caminho.
E um bom começo é prestar atenção aos nossos sentimentos.
Mesmo aqueles que muitas vezes são desagradáveis, como a raiva e o medo.
Para isso, basta que em alguns momentos do dia, paremos para respirar profundamente e responder às perguntas:
Como estou me sentindo agora?
Que sensações físicas meu corpo está experimentando?
Estou com frio, dor de cabeça, calor?
Isso tem a ver com alguma emoção que estou sentindo?
Saber o que nos deixa feliz faz com que valorizemos mais momentos felizes, e aí nossas sensações agradáveis aumentam, e o nível de bem-estar também.
Também é importante saber quais situações nos deixam irritados, e provocam o estresse. Assim, poderemos reagir da melhor forma, evitando “danos emocionais”.
Dessa forma, a inteligência emocional começa a fazer sentido como principal competência nesse cenário maluco em que vivemos.
Ela vai nos ajudar a lidar melhor com o estresse, e com a ansiedade do dia-a-dia.
Mas, para que a inteligência emocional seja desenvolvida de forma plena, é preciso não apenas conhecer, mas praticar e equilibrar todas as outras habilidades que dão sustentação a ela.
Por exemplo, a forma como criamos e mantemos vínculos com outras pessoas. Como expressamos o que sentimos, ou como seguramos nossos impulsos ao tomar decisões difíceis.
E meu convite é para voltarmos a praticar aquilo que aprendemos ao longo da vida:
Fazer bons amigos, encarar os desafios com autoconfiança, contar até 10 antes de brigar com alguém, gritar de felicidade e aproveitar ao máximo aquele momento especial.
Porque isso tudo nos deixa mais resilientes e emocionalmente inteligentes.
Um beijo,
Andrea Sarno
* Síndrome de burnout ou síndrome do esgotamento profissional: distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano. Tem como principal característica o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes.